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Resumo do Assunto Revolução Inglesa do Século XVII

A Revolução Inglesa do século XVII foi um período marcante na história da Inglaterra, caracterizado por profundas transformações políticas, religiosas e sociais. Esse conflito, que se estendeu de 1642 a 1688, envolveu a disputa entre a monarquia absolutista dos Stuart e o Parlamento, culminando em guerras civis, a execução do rei Carlos I e a instauração de uma república sob Oliver Cromwell. A revolução não apenas redefiniu o equilíbrio de poder na Inglaterra, mas também influenciou movimentos revolucionários em outras partes do mundo.

Além das questões políticas, a Revolução Inglesa teve raízes em tensões religiosas, com protestantes e católicos disputando espaço no cenário nacional. A Gloriosa Revolução de 1688, que encerrou o período revolucionário, consolidou o parlamentarismo e limitou os poderes da monarquia, estabelecendo as bases para o sistema político moderno. Este resumo explora as causas, os principais eventos e as consequências desse marco histórico que moldou a democracia ocidental.

As Causas da Revolução Inglesa

A Revolução Inglesa foi resultado de uma série de fatores interligados, que incluíram conflitos políticos, religiosos e socioeconômicos. Entre as principais causas, destacam-se:

  • Tensões entre Monarquia e Parlamento: Os reis da dinastia Stuart, como Jaime I e Carlos I, defendiam o direito divino dos reis, buscando governar sem a interferência do Parlamento. Isso gerou atritos, especialmente em questões como impostos e controle do exército.
  • Questões Religiosas: A Inglaterra era majoritariamente protestante, mas os Stuart eram vistos como simpatizantes do catolicismo. A imposição de práticas anglicanas mais próximas do catolicismo, como o Livro de Oração Comum, desagradou grupos puritanos e calvinistas.
  • Crise Econômica: Guerras custosas, como a participação na Guerra dos Trinta Anos, e más colheitas agravaram a situação financeira do reino, aumentando a insatisfação popular.

O Papel do Parlamento

O Parlamento Inglês, composto pela Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns, tornou-se o principal opositor do absolutismo real. Em 1628, a Petição de Direitos limitou os poderes do rei, exigindo que novos impostos fossem aprovados pelo Parlamento. No entanto, Carlos I dissolveu o órgão em 1629, governando sozinho por onze anos (Período de Tirania), até ser forçado a reconvocá-lo em 1640 devido a uma crise na Escócia.

Essas tensões culminaram na Grande Rebelião (1642), quando Carlos I tentou prender líderes parlamentares, iniciando a Primeira Guerra Civil Inglesa.

A Primeira Guerra Civil Inglesa (1642-1646)

A Primeira Guerra Civil Inglesa foi um conflito armado entre as forças leais ao rei Carlos I (Cavalheiros) e os partidários do Parlamento (Cabeças Redondas), liderados por Oliver Cromwell. Entre os principais eventos desse período, destacam-se:

  • Batalha de Edgehill (1642): O primeiro grande confronto, sem vencedor claro, mostrou que a guerra seria longa e sangrenta.
  • Formação do Novo Exército Modelo: O Parlamento reorganizou suas tropas sob o comando de Cromwell, criando um exército disciplinado e motivado por ideais puritanos.
  • Batalha de Naseby (1645): Vitória decisiva dos parlamentaristas, que capturaram documentos secretos do rei, revelando sua tentativa de buscar apoio estrangeiro contra o Parlamento.

Em 1646, Carlos I se rendeu aos escoceses, que o entregaram ao Parlamento. No entanto, as negociações fracassaram, levando a uma Segunda Guerra Civil em 1648, rapidamente sufocada pelas tropas de Cromwell.

O Julgamento e a Execução de Carlos I

Em janeiro de 1649, o rei Carlos I foi julgado por traição por um tribunal especial formado pelo Parlamento. Acusado de governar como tirano e levar o país à guerra, ele foi condenado à morte e executado na Whitehall. Sua decapitação marcou o fim da monarquia absoluta na Inglaterra e a proclamação da Commonwealth, um governo republicano.

A República de Cromwell e o Protetorado

Com a monarquia abolida, a Inglaterra tornou-se uma república sob o controle do Parlamento Rump, mas a instabilidade persistiu. Oliver Cromwell, agora a figura mais poderosa do país, dissolveu o Parlamento em 1653 e assumiu o título de Lord Protetor, governando como um ditador militar. Seu governo foi marcado por:

  • Repressão a opositores: Cromwell esmagou revoltas na Irlanda e na Escócia com extrema violência.
  • Puritanismo rigoroso: Leis morais rígidas foram impostas, como a proibição de teatros e festividades consideradas “profanas”.
  • Expansão comercial: A marinha inglesa cresceu, e políticas mercantilistas fortaleceram o comércio exterior.

Após sua morte em 1658, seu filho Richard assumiu, mas sem a mesma autoridade, levando ao colapso do Protetorado e à Restauração da Monarquia em 1660, com Carlos II.

A Gloriosa Revolução (1688)

O retorno dos Stuart trouxe

Conclusão e Dicas para Estudo

A Revolução Inglesa do século XVII foi um marco fundamental na transição do absolutismo para o parlamentarismo, consolidando princípios que influenciaram a democracia moderna. Suas consequências, como a limitação do poder real pela Declaração de Direitos (1689) e a valorização do Parlamento, ecoaram em revoluções posteriores, como a Americana e a Francesa. Para um estudo eficiente, recomenda-se:

  • Focar nas causas interligadas: Entenda como política, religião e economia se conectaram para desencadear o conflito.
  • Destaque a importância de Cromwell: Analise seu governo ambíguo, que combinou avanços administrativos com autoritarismo.
  • Compare os eventos: Contrastar a Gloriosa Revolução (pacífica) com as guerras civis (violentas) ajuda a compreender a evolução do processo.
  • Contexto global: Relacione a Revolução Inglesa com outros movimentos anticolonialistas e liberais do período.

Dominar esse tema exige atenção aos detalhes, mas também uma visão ampla de seu legado para o mundo contemporâneo. Revise cronologias e documentos-chave, como a Petição de Direitos, para consolidar seu aprendizado.

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